Varizes de esôfago

Caracterizam-se por dilatações das veias na luz do esôfago.




Essa situação acontece em pacientes doença hepática crônica causadas, em nosso meio, principalmente pelo alcoolismo, esquistossomose ou hepatites (virais, idiopáticas ou auto-imunes). Nessas situações ocorre fibrose do parênquima (cirrose hepática) com aumento da pressão da veia porta e o sangue segue pelo sistema venoso colateral.





A importância clínica dessa doença consiste em episódios de sangramento que, na maioria das vezes, é de grande volume, levando o paciente à instabilidade hemodinâmica (isso é queda importante da pressão), colocando em risco a vida do paciente.

Nesses casos, após estabilização inicial deve-se, realizar endoscopia digestiva alta para confirmação do diagnóstico (mais de 50% dos episódios de sangramento em pacientes com história de alcoolismo são causados por úlcera péptica), e realização de procedimento terapêutico (esclerose ou ligadura).

O transplante hepático é o tratamento definitivo, porém não está indicado em todos os casos. Nas situações onde o transplante não for uma boa indicação outras cirurgias podem ser realizadas (desconexão ázigo-portal, Warren, porto - cava, etc.), assim como a realização de shunt trans-jugular intra-hepático por via de angiorradiologia intervencionista (TIPS).





De maneira ambulatorial os pacientes podem ser tratados com medicações que procuram diminuir a pressão venosa nessa região, podem também ser submetidos à ligadura ou esclerose de varizes por via endoscópica de maneira eletiva, sempre visando evitar episódios de sangramento.

Considerando que têm uma alteração de função hepática, a coagulação frequentemente está comprometida, dessa forma, apesar de não haver evidências que o uso crônico de anti-inflamatórios e ácido acetil-salicílico aumentem a chance de sangramento por varizes, deve-se evitar o uso dessas substâncias por aumentar a chance de sangramento do trato digestivo por outras causas (gastrite, úlcera, etc).

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