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Gastrite e úlcera

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O estômago é um órgão em forma de bolsa localizado logo após o esôfago. Sua principal função é a digestão de alimentos. Para tanto produz ácido clorídrico que mantém um pH em torno de 2 e para se proteger produz uma camada de muco que isola o tecido do ácido. O problema ocorre quando esse equilíbrio é quebrado, isso é quando a agressão é aumentada ou a proteção diminuída. Há vários fatores interferem nessa situação: stress físico intenso como internações prolongadas por doenças graves ou politraumatismos; dieta irregular rica em gorduras, irritantes gástricos (principalmente cafeína, álcool e ácidos); tabagismo; uso de medicamentos que diminuem a produção de muco como ácido acetil-salicílico (AAS) e antiinflamatórios; infecção pela bactéria Helicobacter pylori ; doenças raras que podem aumentar a produção de ácido. Nessas situações ocorrem as lesões gástricas, basicamente gastrites e úlceras. Gastrite é do termo utilizado para definir a inflamação causada na parte mais superficial da m...

Pancreatite Aguda

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O pâncreas é um órgão localizado atrás do estômago, conhecido por produzir insulina (cuja deficiência leva à diabetes), porém também sintetiza enzimas responsáveis pela digestão de proteínas e açúcares (carbohidratos). A pancreatite aguda é uma doença inflamatória, decorrente da ação de enzimas pancreáticas sobre o pâncreas e órgãos adjacentes. As causas principais são a litíase biliar (colelitíase), alcoolismo, traumatismo de pâncreas e hiperlipemia familiar (aumento dos triglicérides), porém em 20% dos casos a causa pode ser indeterminada. A doença pode se apresentar de 2 formas: 1.Pancreatite leve, chamada forma edematosa, que ocorre em 80 a 90% dos casos que é caracterizada por um edema (inchaço) do pancrêas; 2.Pancreatite aguda forma grave, chamada forma necro-hemorrágica, que ocorre aproximadamente em 10 a 20% dos casos, que é caracterizada por uma destruição intensa do pâncreas e dos tecidos vizinhos pelas enzimas. Nessa forma os índices de mortalidade variam de 15 a 40%. Até on...

Varizes de esôfago

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Caracterizam-se por dilatações das veias na luz do esôfago. Essa situação acontece em pacientes doença hepática crônica causadas, em nosso meio, principalmente pelo alcoolismo, esquistossomose ou hepatites (virais, idiopáticas ou auto-imunes). Nessas situações ocorre fibrose do parênquima (cirrose hepática) com aumento da pressão da veia porta e o sangue segue pelo sistema venoso colateral. A importância clínica dessa doença consiste em episódios de sangramento que, na maioria das vezes, é de grande volume, levando o paciente à instabilidade hemodinâmica (isso é queda importante da pressão), colocando em risco a vida do paciente. Nesses casos, após estabilização inicial deve-se, realizar endoscopia digestiva alta para confirmação do diagnóstico (mais de 50% dos episódios de sangramento em pacientes com história de alcoolismo são causados por úlcera péptica), e realização de procedimento terapêutico (esclerose ou ligadura). O transplante hepático é o tratamento definitivo, porém não est...

Doença de refluxo gastroesofágico

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A doença de refluxo gastroesofágico (DRGE) caracteriza-se pela volta do conteúdo ácido do estômago ao esôfago. Essa situação acontece pelo relaxamento anormal do (mecanismo de) esfíncter esofágico inferior, agravado ou não pela presença de hérnia de hiato. A hérnia de hiato consiste, na maioria das vezes, no escorregamento da primeira porção do estômago para acima do diafragma. Dessa forma o esfíncter esofágico inferior fica situado no tórax, área com pressão menor que o abdome, facilitando dessa forma o retorno do conteúdo gástrico. Porém muita atenção! Hérnia de hiato não é sinônimo de refluxo! Muitas pessoas têm doença de refluxo na ausência de hérnia de hiato e muitas outras tem hérnia de hiato sem doença de refluxo. Exceto em situações muito específicas, o que precisa de tratamento é a doença de refluxo e não a hérnia de hiato. A doença não tratada pode levar à complicações mais sérias como estenose esofágica (fechamento do esôfago), úlceras e até mesmo ...

Colelitíase

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C olelitíase (pedra na vesícula), trata-se de uma patologia causada por fatores que levam à diminuição do esvaziamento efetivo da vesícula (órgão localizado abaixo do fígado, cuja função principal é armazenar e excretar bile após alimentação, principalmente ricas em gorduras). A bile é composta de sais biliares que são formados à base de colesterol, porém não existe relação entre níveis de colesterol no sangue ou ingesta de colesterol com formação de cálculos biliares. Certas situações específicas podem levar à formação de cálculos como anemia falciforme, situações em que o paciente precisa ser mantido em jejum prolongado (com alimentação parenteral), pós cirurgia bariátrica (para perda de peso), e algumas outras mais raras. Porém, na grande maioria dos casos, os pacientes desenvolvem o problema por alteração na capacidade de contração da vesícula, de causa não definida. As pedras na vesícula são mais frequentes em mulheres, com filhos e acima do peso ideal, porém é...